sábado, 9 de julho de 2011

Mago: A Ascensão #3

Uma explicação um pouco mais detalhada sobre as Nove Tradições.


Coro Celestial
Estes magos são bastante integrados, como o próprio nome já indica, à religião, o que causa antipatia das outras tradições, pois a magia é, antes de tudo, a mistura de misticismo e ciência, racional. No entanto, eles dizem não pregar uma religião, mas uma meta-religião, que incorporaria todas as outras crenças conhecidas. Como as grandes maiorias de seus membros vêm do Ocidente e eles costumam pregar o monoteísmo, supõe-se que em sua grande maioria eles sejam cristãos. Mas eles acreditam que todos nós fazemos parte de uma entidade chamada The One, da qual viemos a e qual temos que voltar, exatamente como dizia os espíritas, segundo eles que seriam os guias de toda a humanidade neste processo.
Esta tradição, tão antiga quanto a Irmandade de Akasha, espera o dia da Reconciliação, quanto todos voltaremos a fazer parte do Uno. Quando e como exatamente isto vai acontecer, não existem registros e nem mesmo eles sabem. Eles só sabem que o coral deve voltar a cantar a mesma música. Vale lembrar que a crença no Uno, no coro, é partilhada por outras tradições, como os Verbena e os Oradores dos Sonhos.
Esfera: Primórdio.


Culto do Êxtase  
Considerados por outras tradições como um bando de malucos hippies com a cabeça cheia de drogas, os cultistas entendem que são uma tradição que visa traspassar as barreiras que a realidade impõe aos nossos olhos através de: sexo, drogas e rock n'roll. Os cultistas são rebeldes e contestadores da autoridade, mas são muito responsáveis com relação à Ascensão.
Seu forte é a relação com o tempo, cuja linha tênue muitos deles já vira e mesmo trespassaram. Ao contrário do que possa parecer, apesar de cultivarem um código que respeita demais a liberdade individual, os cultistas não estão envolvidos com o tráfico de drogas ou mesmo com a indústria de exploração do sexo, que vão contra suas crenças. Uma de suas principais armas é a música, em especial o rock, cujos principais artistas estiveram, ao redor da história, envolvidos com eles, de forma direta ou indireta.
Esfera: Tempo.


Irmandade de Akasha
Típicos seguidores da filosofia oriental, os Irmãos de Akasha acreditam que o corpo e a mente são inseparáveis, e que desenvolver um sem o outro é, além de perda de tempo, muito arriscado. Clamando a harmonia com o Cosmos, esta irmandade é muito antiga e com uma cultura rica e misteriosa.
Os magos pertencentes à irmandade são conhecidos por serem praticantes do Dô (ou "O Caminho"), que é um tipo de arte marcial. O Dô treina o corpo, a mente, o espírito, e coloca o mago ainda mais no caminho da Ascensão, e dizem que elementos desta arte podem ser encontrados até mesmo na ioga.
Calmos, pacientes, costumam pertencer às civilizações orientais, tendo membros como japoneses, coreanos, chineses, e tantos outros que vivem lá do outro lado do oceano.  Para eles, vale muito mais a pena guiar e converter um inimigo do que combatê-lo fisicamente.
Esfera: Mente.


Oradores dos Sonhos
O estereótipo básico para estes magos são os xamãs e feiticeiros de tribos africanas, aborígenes e mesmo indígenas. Eles estão o tempo todo ligados a natureza, e seu contato com o mundo espiritual é freqüente. Sua magia está ligada diretamente a Mãe-Terra, na sua forma mais primitiva e pura, e por isso eles odeiam, de forma realmente pessoal, os Tecnocratas, ligados demais à tecnologia e envolvidos na destruição mundial.
Sonhos, conversas com espíritos e coisas do gênero são comuns para esta tradição que não liga para hierarquia ou mesmo para líderes. Para eles, todos são iguais, e todas as coisas são sagradas e têm vida. Sempre prontos para a guerra, eles podem parecer fracos e desunidos (em especial por serem até certo ponto nômades solitários), mas talvez aí que resida sua força. Sua relação com os Garou (Lobisomens), por causa da proximidade com Gaia (Terra), é outro ponto forte.
Esfera: Espírito




Euthanatos
Muitos dos Euthanatos acabaram tendo uma idéia errada sobre a morte, culpa do conceito que o Ocidente tem da morte. Alguns desviantes desta tradição cultuavam suicídio, assassinato, tortura, necromancia. Nada disso agrada os Euthanatos. Para eles, a morte é mais uma parte do ciclo, e eles a encaram numa boa, sem medos ou receios. Eles acreditam que a morte é necessária para que o ciclo kármico continue sem problemas, e são até mesmo capazes de matar, apenas para recolocar alguém de volta no seu ciclo kármico normalmente.
Frios e calculistas, não são nem cruéis e nem caridosos. Só não exprimem sentimento algum - e isto assusta muita gente, inclusive as outras tradições. Para os Euthanatos, a reencarnação pode resolver muitos problemas - e não há problemas em forçar uma reencarnação.
A crença no espírito imortal está, na verdade, por trás das crenças desta tradição aparentemente mórbida e com membros que se vestem como góticos psicóticos.
Esfera: Entropia.


Ordem de Hermes
Poucas tradições têm uma história tão rica e gloriosa quanto à tradicionalista Ordem de Hermes, formada por magos estudiosos, verdadeiros pilares de sabedoria, que acreditam que apenas com muito estudo e dedicação, e horas de leitura de antigos livros e pergaminhos, você pode aprimorar sua magia e se aproximar da Ascensão.
Eles são os típicos magos arcanos: estudiosos de numerologia, esoterismo e astrologia, cheios de símbolos místicos, lembram demais o poderoso mago Merlin. Eles estão em todos os lugares entre nós: nas universidades, na Igreja, nos grupos de estudos esotéricos... E muitos deles estão na mídia, a nossa vista, sem tentar se esconder, embora também sem tentar mostrar suas verdadeiras naturezas. Honrados, disciplinados e, muitas vezes, esnobes.
Esfera: Forças.



Filhos do Éter
Cientistas. Mais do que isso, cientistas loucos. Utilizam a magia para melhorar a ciência, e as duas para trazer melhorias e desenvolvimento benéfico para a humanidade.
Química, física, biologia e principalmente genética estão entre as áreas de atuação destes magos, que tem uma eterna rixa com os Tecnocratas, que eles consideram um bando de pervertidos que usaram a ciência para o seu lado mais negro e fascista. Robôs, ciborgues e até mesmo novas raças sobre as quais foi aplicada a teoria da evolução de Darwin, são algumas das criações destes magos.
Esfera: Matéria.

Verbena
Os bruxos (e bruxas) e feiticeiros no sentido mais amplo da palavra. Por anos caçados como Satanistas pela Inquisição (e mesmo por outras tradições), os Verbena têm motivos de sobra para serem os magos mais receosos e polêmicos. Suas artes mágicas incluem sexo, danças, sangue e eventualmente alguns sacrifícios. Apaixonados, brutais, primordiais: sua magia é poderosa e vêem diretamente da natureza, embora de uma forma diferente do que ocorre com os Oradores dos Sonhos. Mas nada tem a ver com o demônio.
Nesta tradição, homens e mulheres têm o mesmo peso e, às vezes, até mesmo as mulheres são seres mais fortes do que os homens, por sua exacerbada e poderosa sexualidade. Árvores, ervas e diversos símbolos e elementos ligados à natureza fazem parte de seus rituais. Falam línguas mortas (como o latim), se vestem de forma quase medieval e respeitam demais a história de seu povo.
Esfera: Vida.


Adeptos da Virtualidade
A tradição mais recente e mais adaptada a tecnologia, é dos hackers e netrunners, plugados num mundo virtual, construído por eles mesmos, numa espécie de reengenharia social, quase anarquista.
Como os cultistas do Êxtase, são aqueles que dizem transcender as barreiras da realidade - só que ao invés de LSD, eles usam um capacete de realidade virtual! Isolados, cínicos, individualistas, com um senso de humor negro e hábitos como pirataria de dados. Não são muito bem-vistos pelos tradicionalistas, especialmente por sua conduta anti-social e rebelde. Dentro de suas redes, eles dissipam suas teorias, inspiram humanos, atacam os Tecnocratas e criam uma nova ordem mundial... num outro mundo. Muitos possuem computadores chamados de ternários: ao invés de comandos com apenas sim e não, suas máquinas já aceitam um talvez.
Esfera: Correspondência.

Vazios
São aqueles que não possuem uma tradição, eles não ocupam uma cadeira no Conselho dos Nove, os outros magos, geralmente, os consideram um incômodo. Os Vazios aceitam o que querem e descartam o resto, isso se aplica a pessoas, filosofias, mágicas e crenças.
Eles desprezam o passo frenético da vida cotidiana, a tecnologia brilhante e pegajosa da propaganda em massa e a estratificação banal da sociedade. Por sua vez, apegam-se aos preceitos de uma era mais elegante. Os Vazios bebem absinto, entoam poesias, vestem-se de modo fetichista e seguem a tendência que os leva até as portas da morte.
Esfera: Nenhuma.

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